segunda-feira, 1 de junho de 2009

Um poema de Apollinaire

GUILLAUME APOLLINAIRE
1880-1918

A PONTE MIRABEAU
(Le pont Mirabeau)

Pela ponte Mirabeau se escoa o Sena
E esses amores
Forçoso é que eu os lembre
Vinha a alegria após a mágoa sempre

A hora soa o dia finda
Os dias vão-se eu estou ainda

De mãos dadas fiquemos face a face
Enquanto sob
Os nossos braços passa
Dos eternos olhares a água tão lassa

A hora soa o dia finda
Os dias vão-se eu estou ainda

Vai-se o amor como esta água corrente
Vai-se o amor
Como esta vida é lenta
E como a Esperança é violenta

Nenhum comentário:

Postar um comentário