domingo, 5 de julho de 2009

UM POEMA de Mallarmé


STÉPHANE MALLARMÉ

O TÚMULO DE EDGAR POE
(Le tombeau d´Edgar Poe)

Tal a Si-mesmo enfim a eternidade o chama,
O Poeta suscita com um gládio erguido
Seu século em pavor por não ter percebido
A morte a triunfar naquela voz estranha.

Eles, vil espasmo de hidra escutando um dia o anjo
Dar às falas da tribo um mais puro sentido
Proclamavam bem alto o sortilégio haurido
Em mistela qualquer de pouco digno arranjo.

Solo e nuvens hostis, oh o insulto coevo!
Se não se esculpe assim ideal baixo-relevo
De que a tumba de Poe deslumbrante se adorne,

Resto caído aqui de algum desastre obscuro,
Que ao menos tal granito em barreira se torne
De atros vôos da Blasfêmia esparsos no futuro.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

POEMA de Verlaine


PAUL VERLAINE

SÓIS POENTES
(Soleils couchants)

Uma aurora fria
Pelo campo estende
A melancolia
De sóis no poente.
A melancolia
Canta docemente
Pra quem se extasia
Com sóis no poente.
Sonhos singulares
Como sóis que, velhos,
Se deitam nos mares,
Fantasmas vermelhos,
Desfilam nos ares,
Desfilam, parelhos
A grandes sóis velhos
Morrendo nos mares.

POEMA de Baudelaire

CHARLES BAUDELAIRE

A BELEZA
(La Beauté)


Eu sou bela, ó mortais, como espectro de pedra,
Meu seio, que buscais apertando-os com dor,
Fez-se para inspirar ao poeta um amor
Eterno e mudo assim como a própria matéria.

Sou, no trono do azul, incompreendida esfinge,
Tenho neve no peito e a cor do cisne é a minha;
Odeio o movimento que desmancha a linha,
E, do riso e do choro, a voz nunca me atinge.

Os poetas, ao ver-me as grandes atitudes,
Que pareço ir busca às catedrais gigantes,
Consumirão a vida em vãs tarefas rudes.

Pois tenho, pra encantar esses dóceis amantes,
Um espelho claro aonde as coisas são mais belas:
O olhar, meu vasto olhar, fulgurante de estrelas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

CRÔNICA – Paixão, vida e morte de um ídolo

Michael Jackson, cultura pop e negritude

Jóis Alberto

A morte de Michael Jackson, em 25/06/2009, na cidade de Los Angeles, Estados Unidos, pegou o mundo de surpresa. Vítima de uma parada cardíaca, Michael Jackson foi levado às pressas para o pronto socorro, e, apesar de todos os esforços dos médicos para reanimá-lo, entrou em coma, vindo a falecer poucos minutos depois. A surpresa foi maior porque ele, apesar de alguns problemas de saúde, não aparentava correr esse risco de fatalidade e vinha se preparando para uma grande turnê de shows pela Inglaterra, tendo como meta principal entrar numa nova fase de sua carreira profissional, abalada, como se sabe, por escândalos, processos e endividamentos.
As melhores lembranças que sempre guardei e vou guardar da biografia desse grande ídolo pop são as da época da adolescência, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, na primeira metade dos anos 70. Me lembro, com ternura, da emoção de escutar “Ben”, na voz de Michael, quando este fazia parte do The Jackson 5 e, concomitantemente, iniciava carreira solo. Ouvia na rádio AM Mundial, do Rio, e nas festas, nos bailes juvenis do clube do bairro e da escola, que eu, ainda muito garotão, freqüentava. Sabia pouco inglês, um idioma que nunca foi meu forte, e junto com um amigo do bairro onde morava, traduzíamos algumas das letras de músicas cantadas em inglês – não só por americanos como os Jackson 5, mas também por clones brasileiros, como Morris Albert, com sua “Feelings”.
Vários vizinhos meus na Baixada Fluminense, em especial os da comunidade negra, gostavam do soul, principalmente de James Brown (“Get up”, “I feel like being a sex machine”, dentre outras gravações clássicas), usavam roupas e o cabelo no estilo do movimento Black Power, imitando o visual e o jeito de dançar desse outro ídolo da música negra americana. Curtiam ainda outros, como Stevie Wonder, que eu também admirava... No entanto, devido principalmente às minhas dificuldades em aprender o idioma inglês, eu gostava mais de ouvir o soul brasileiro de Cassiano, Hildon e de Tim Maia, que por essa época era adepto de um grupo religioso (em que todos usam roupas brancas) e morava na Baixada. No início dos anos 70, assistia também aos desenhos animados do Jackson 5, seriados americanos que marcaram época como o excelente Túnel do Tempo, e japoneses como Robô gigante, à tarde; além de reprises de desenhos como Speed Race, e outros seriados como o brasileiro Vigilante rodoviário, e o nipônico National Kid passavam pela manhã e assistia quando não estava na escola.
Em 1978, eu, que sou natalense e havia ido morar no Rio em 1970, voltei a residir em Natal, com a minha família, e aqui passei a ouvir mais o rock, principalmente o rock brasileiro, passando também, aos 18 anos, a curtir a vida noturna na Praia dos Artistas, ao lado de uma turma a respeito da qual ainda hoje eu guardo muito afeto: o poeta João Batista de Morais Neto, que à época usava o pseudônimo João da Rua; o artista plástico Novenil; Socorro (Help), cantando a sempre emocionante “Vapor Barato” (Jards Macalé/Waly Salomão), a enigmática “Araçá Azul” (de Caetano Veloso), a engajada “Pesadelo” (Maurício Tapajós/Paulo César Pinheiro), dentre outras belas canções da época, ao som do violão de Jorge Macedo; além de outros amigos. Aos 18 anos, eu era tímido e inexperiente, em meio a uma turma que, embora na mesma faixa etária, já era bem experimentada na vida noturna daquela parte da orla natalense, com seus botecos como o Pé do Gavião; a Tenda do Cigano, Praia do Meio; o Iara Bar, na praia de Areia Preta, dentre outros.
Como mestiço que sou, filho de pai mestiço e mãe branca, sempre me identifiquei com o movimento negro, embora não como militante. Inicialmente, curtindo a black music, que possibilitou o meu primeiro contato, as minhas primeiras reflexões sobre a questão racial. Ao mesmo tempo em que aos 16, 17 anos, ia aprimorando meu gosto musical, agora ouvindo a rádio carioca Roquette-Pinto que transmitia uma excelente programação musical (excelente pelo menos à época em que morei no Rio, não sei se continua com a mesma qualidade, porque desde 78 não retornei ao RJ), também passei a curtir o prazer da leitura, freqüentando biblioteca pública e comprando jornais da imprensa alternativa, de esquerda. Primeiro, o “Pasquim”, depois outros como os excelentes “Versus”, “Movimento”, “Opinião” em que eu ia me esclarecendo a respeito de raças, etnias e outras questões. Tanto que nessa época, em que eu começava na poesia, escrevi o poema “Raça”, dedicado a um dos grandes líderes do movimento negro brasileiro, Abdias Nascimento:

RAÇA

A Abdias do Nascimento

negra nega
nega a tua alma branca
nega a copa e cozinha
nega, a história do Brasil:
nega negaram
a raça de grandes homes negros
nega, não nega
o teu cabelo a tua raça.

Quanto à questão da negritude nos EUA e no mundo, Michael Jackson tomava atitudes polêmicas, como a de fazer operações plásticas no rosto para adquirir características físicas de branco, ao mesmo tempo em que fazia campanhas filantrópicas milionárias no show business de apoio às populações pobres da África, se encontrava com líderes negros históricos como Nelson Mandela... No Brasil, tornou-se marcante a passagem dele pelo país para gravar vídeoclips em favela carioca e ao lado de banda musical afro-brasileira, num dos videoclips mais conhecidos dele, que reconhecidamente foi um dos maiores inovadores dessa linguagem visual. Hoje, por trágica ironia da História, Michael Jackson morre no mesmo ano em que o primeiro presidente negro dos EUA, Barack Obama, inicia uma trajetória política pela qual milhões de pessoas torcem, e eu também, para que seja sempre democrática e repleta de êxitos até o final do mandato, embora não seja uma tarefa nada fácil, por causa da maldita herança política e econômica deixada pelos Bush.
Os primeiros grandes líderes negros dos EUA foram, nos anos 60, Martin Luther King, o ativista político Malcom X e o pugilista Cassius Clay, que ao se converter ao islamismo mudou seu nome para Muhammad Ali. Junto às lutas políticas por direitos civis, os negros americanos se destacavam não só nos esportes, mas também na música (é importantíssimo o papel da gravadora Motown e do produtor musical Quincy Jones), no cinema (atores como Sidney Poitier, Morgan Freeman, atrizes como Whoopi Goldberg, cineastas como Spike Lee, embora um dos melhores filmes com música negra americana não seja dele, mas de John Landis, a sempre divertida comédia musical “Os irmãos cara-de-pau”), na TV (notadamente a apresentadora Oprah Winfrey), na literatura (primeiramente James Baldwin e depois, na contemporaneidade, a poesia black de Amiri Baraka (ex-Leroi Jones), e da poetisa Wanda Coleman...). Isso sem entrar em maiores detalhes sobre o sucesso de gênios do jazz, como Louis Armstrong, Billie Holliday, Ella Fitzgerald, Charlie Parker, Miles Davis, John Coltrane, Ornette Coleman, Duke Ellington; do blues, como Robert Johnson, Bessie Smith, John Lee Hooker, Ray Charles, Muddy Waters, B.B. King; e do rock, como Jimi Hendrix, que está no mesmo panteão de gigantes da música pop de língua inglesa, como os Beatles, Janis Joplin, Jim Morrison; do reggae, com Bob Marley. Aos quais, sem dúvidas, vem se juntar Michael Jackson, a quem, independente de qualquer questão, presto este meu tributo, em especial pelos bons momentos dele dos anos 60 a 80.
Axé, Michael Jackson!

sábado, 20 de junho de 2009

VIDA DE JORNALISTA

CARTA ABERTA ACERCA DA DERRUBA DO DIPLOMA

Meus prezados (as) colegas, meus caros amigos,

Como se sabe, vinha desde a época da inflação alta, ou seja, antes do Plano Real, a campanha dos empresários de comunicação pela derrubada da exigência do diploma de Jornalista para o exercício da profissão. Era uma maneira dos patrões esvaziar o movimento sindical e arrochar salários. Veio o Plano Real, há 15 anos, a inflação ficou sob controle, congelaram salários e de lá pra cá a categoria, principalmente em Natal, tem feito o que pode para conseguir aumentos salariais, geralmente em percentuais irrisórios. Ou seja, mesmo pagando baixos salários os patrões querem reduzir ainda mais, pagando salários baixos ao primeiro que agora aparecer dizendo que é jornalista. Mas, como a sociedade quer qualidade no que consome, cidadania, transparência e credibilidade nas empresas de comunicação, o barato pode sair caro para os empresários, se a qualidade da imprensa cair, afastando o público e anunciantes, que, como se sabe também, estão migrando para a internet.
Nesse período de 15 anos, por outro lado, aconteceram as mudanças decorrentes da revolução na informática e telecomunicações, como celular, a internet e sites de busca como o google, que facilitam a coleta de informações. Assim, teoricamente, qualquer profissional de nível técnico ou superior de outras áreas estaria em condições de produzir textos jornalísticas. O problema, porém, é que não é tão fácil ser repórter. É um eterno aprendizado. E na minha opinião, o bom jornalista profissional é antes de tudo um bom repórter. Os juízes do Supremo alegaram que comunicação social, com jornalismo e outras habilitações, não são ciência. E por acaso o curso de Direito é ciência (no sentido positivista da palavra como eles usam)? É uma questão acadêmica, eu sei. Mas vai tentar derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão de advogado, para ver como esses profissionais, juizes, promotores, etc, são altamente corporativistas. É aquela história: pimenta nos olhos dos outros é refresco!
Por isso, como jornalista profissional diplomado, sou antes de tudo repórter.
Enfim é por essa e outras, como esse tipo de decisão que derrubou o nosso diploma, que estou concluindo um novo curso de nível superior: Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas, na UFRN. Depois de formado, é esperar que nenhum magistrado venha derrubar esse diploma também, por que aí, então, pra que existir Universidades?

Jóis Alberto

quarta-feira, 17 de junho de 2009

LAZER NA CAPITAL POTIGUAR

Um roteiro de diversão e artes em Natal

A noite de Ponta Negra, com bares, pubs, restaurantes e boates, tanto na orla marítima quanto em outras partes do bairro, como o trecho ao lado do Praia Shopping, é uma das atrações para quem procura lazer em Natal. Na Ribeira, bairro histórico da cidade, o visitante pode marcar um encontro com as artes no secular Teatro Alberto Maranhão, ou então no Espaço Cultural Casa da Ribeira, um dos destaques do roteiro artístico e cultural natalense. Das praças de alimentação de shopping, as mais movimentadas e badaladas são a do Midway Mall, em Lagoa Nova; Praia Shopping, em Ponta Negra; e Natal Shopping, na BR 101, no bairro de Candelária. No Centro de Turismo, em Petrópolis, se encontram lojas de artesanato e o tradicional Forró com Turista. Para quem deseja um contato direto com a fauna e flora local, além de fazer caminhadas e conhecer as trilhas de uma das maiores áreas verdes da cidade, a dica é passear pelo Parque das Dunas, um espaço cultural que passou por recentes reformas. Lá, além de parque infantil, periodicamente são realizados shows musicais ao ar livre, nas tardes de domingo.

TEATRO ALBERTO MARANHÃO – O centenário teatro é um dos mais tradicionais espaços culturais da cidade. Praticamente todos os dias tem espetáculos em exibição. Toda terça-feira, por exemplo, tem o Projeto Seis e Meia, shows musicais com cantores de fama nacional e atrações locais, a partir das 18h30. Praça Augusto Severo, Ribeira. Tel: (84) 3222 3669.

TCP – TEATRO DE CULTURA POPULAR. Um dos mais novos espaços culturais de Natal, o TCP também é palco não só de teatro, mas também de outros eventos, como sessões de cinema. Rua Jundiaí, 641, Tirol. (84) 3232 5307.

CINEMAS – Salas do Moviecom, no Praia Shopping, em Ponta Negra, fones 3236 3350 e 3236 3450; e do Cinemark, no Shopping Midway Mall, em Lagoa Nova, fone 3646 3424.

CASA DA RIBEIRA—Localizada em casarão de 1911, totalmente restaurado e que em 2001 tornou-se um dos mais badalados abrigos da arte e dos artistas em Natal, o Espaço Cultural Casa da Ribeira é formado por um teatro com 164 lugares, uma sala de arte contemporânea e um café cultural. No teatro, além de apresentações de peças, ocorrem com freqüência espetáculos de dança e música, num ambiente com tratamento de acústica especializado e central de ar-condicionado. Na sala de arte contemporânea, acontecem exposições periódicas. Informações no 3211 7710. Nesse bairro, se encontram outros espaços culturais, bares e restaurantes, além de periodicamente ser palco de eventos musicais, como shows de rock, e mostras de cinema.

CENTRO DE TURISMO – O prédio foi construído por volta do final do séc. 19, em linhas arquitetônicas neoclássicas, e já foi orfanato e prisão. Desde 1976, abriga o Centro de Turismo, com 36 lojas de artesanato. Conta também com uma ampla galeria de arte e antiguidades, onde se encontra um grande e variado acervo. Cada loja de artesanato ocupa uma das antigas celas de prisão. Funciona diariamente, das 9 às 18h. De lá se vê uma bela paisagem da cidade, da orla marítima e do rio Potengi. Conta com restaurante de comida regional e lanchonete. Apresentações de shows folclóricos e o tradicional Forró com Turista, evento este realizado todas as quintas-feiras à noite, a partir das 22h, há mais de duas décadas, animando visitantes e o público natalense. Rua Aderbal de Figueiredo, 980, Petrópolis, fones 3211 6149 e 3211 6218.

MERCADO DE PETRÓPOLIS – Lá, você encontra também boxes com lojas de alguns dos mais conhecidos sebos (venda de livros usados) da cidade, além da sede do Cine Clube Natal e o Pub Papo Furado. Av. Hermes da Fonseca, no bairro de Petrópolis.

PARQUE DAS DUNAS – O Parque Estadual Dunas de Natal “Jornalista Luís Maria Alves” possui 1.172 hectares de mata nativa, 8,5 km de comprimento e uma largura média de 2 km. Como área integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira, é de fundamental importância para a qualidade de vida da população em Natal . O Bosque dos Namorados, localizado no bairro de Morro Branco, é o portão de entrada do Parque. O bosque dispõe de centro de visitantes, centro de pesquisas, oficina de educação ambiental e artes, parque infantil, anfiteatro, lanchonete, áreas de jogos e descanso. No anfiteatro Pau Brasil, são realizados, no domingo à tarde, shows do projeto Som da Mata, atraindo público de todas as idades. Aberto à visitação pública de terça-feira a domingo, e feriados. Entrada no bosque: R$ 1,00. Para caminhar nas trilhas, mais R$ 1,00.

FORTE DOS REIS MAGOS – O mais conhecido e freqüentado patrimônio histórico da cidade. De lá, se tem uma das mais belas paisagens da orla marítima de Natal e da bela Ponte Newton Navarro, ligando bairros centrais de Natal à Praia da Redinha e litoral Norte. A Fortaleza localiza-se na Praia do Forte.

MUSEU DE CULTURA POPULAR DJALMA MARANHÃO – Um dos mais novos museus da cidade, com rico acervo da cultura popular e atualizados recursos multimídias. Visitas de terça a sexta, de 9h às 17h. Sábados, domingos e feriados facultativos, das 10 às 17h. Praça Augusto Severo, bairro da Ribeira. Fone: 3232 8149.

POEMA

SONETO CONTRA A GLOBALIZAÇÃO

Jóis Alberto Revorêdo

Escrever poesia é uma arte difícil
É destruição do velho, é criação do novo.
Para antigos futuristas, é poético um míssil
Que destrói cidades e seres vivos.

Das ruínas, nascerão civilizações
Baseadas na competição e no egoísmo.
Automóveis, aviões, foguetes, globalizações,
Macdonaldizações e consumismo.

Mas a poesia mais bela é a da paz
É o carinho do casal de anciãos
É o beijo da moça na boca do rapaz

É a criança brincando com o balão
É a fraternidade da justiça social
É Marx lutando contra injustiças do capital.

FONTE: “Poetas azuis paixões vermelhas amores amarelos” (poesia e prosa), de Jóis Alberto Revorêdo, Natal(RN): Sebo Vermelho, 2003. O poema acima foi publicado originalmente no caderno especial do Diário de Natal, comemorativo ao Dia Nacional da Poesia, em 14 de março de 2001.