quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Confraternização da turma "Teorias contemporâneas da cultura", do mestrado em 2010

A turma da disciplina "Teorias Contemporâneas da Cultura", ministrada pela professora da UFRN Ceiça Almeida no mestrado em Ciências Sociais daquela Universidade, realizou confraternização na noite de 29/11/2010. O encontro dos alunos da turma (eu, jornalista e mestrando Jóis Alberto, apareço de boné azul, ao fundo da foto) foi no Real Botequim, no Shopping Cidade Jardim, em Natal, após última aula no campus da UFRN. Gostei muito dessa confraternização! Fazia tempo em que eu não participava de um encontro tão prazeroso com amigos...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

RECORDAÇÕES/ MEUS BONS MOMENTOS EM 2010

Conclusão da graduação em Letras, êxito no primeiro ano do mestrado em Ciências Sociais, encontro com gente famosa do mundo acadêmico, como Edgar Morin...

Jóis Alberto

Dezembro chegando, final de ano se aproximando, hora de um breve balanço... Este 2010 foi muito bom na minha vida, pelo menos até agora. Estou concluindo a minha segunda graduação, desta vez em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas, na UFRN; estou cursando com êxito o primeiro ano do Mestrado em Ciências Sociais pela mesma Universidade; votei em Dilma e fiquei muito alegre com a eleição vitoriosa da nossa primeira Presidenta da República... Fiquei feliz também por ter dado a minha contribuição para o êxito da recente palestra, ao ar livre, que o pensador Edgar Morin fez para um público de milhares de pessoas, que superlotou o anfiteatro da UFRN, na noite de 17/09/2010. A ajuda na divulgação do evento foi com texto de minha autoria publicado nas edições impressa e on line da Tribuna do Norte, em 16/09/2010. Mas, sem dúvidas, o sucesso da palestra de Morin em Natal se deve principalmente à professora da UFRN, Conceição de Almeida, que lidera a equipe de pesquisadores do GRECOM- Grupo de Estudos da Complexidade da UFRN, responsável pela vinda do pensador francês, teórico da complexidade, a Natal.
Na foto que publico, com muito prazer neste blog, aparecem o autor deste blog, jornalista, poeta e professor Jóis Alberto (de boné), ao lado da professora da UFRN Ceiça Almeida; Edgar Morin e uma elegante senhora francesa, companheira de viagem de Morin a Natal. A foto, na qual aparecem também outros pesquisadores científicos, foi feita na noite de 17/09/2010, em frente à sala do GRECOM no Campus da UFRN.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MÚSICA/Encontro de Corais de Natal

8º ENCONAT

Natal tem uma boa tradição de corais, que estarão reunidos no 8º ENCONAT. Uma das atrações é o Sigma Coral, que fará sessão de apresentação nesta quarta-feira (17 de novembro de 2010), a partir das 19h00 no Auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluísio Alves, na Cidade da Esperança – Natal/RN.
Entrada: 01 Kg de alimento não perecível

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Na TV, Lula vai prestar contas e celebrar aula de democracia - Portal Vermelho

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Lula pede ao Ministério transição tranquila e transparente - Portal Vermelho

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Lula organiza a “casa” para o governo Dilma - Portal Vermelho

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Oposição X Governo: Dilma vence também com maioria no Congresso - Portal Vermelho

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Mesmo sem Nordeste, Dilma se elegeria presidente - Portal Vermelho

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Deu Dilma lá - Portal Vermelho

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

MÚSICA/ O Maestro e a Estrela

Espetáculo musical reúne dois grandes artistas de Natal, Glorinha Oliveira e Waldemar Ernesto, no palco do Teatro Alberto Maranhão, nesta sexta-feira

O Maestro e a Estrela é o título do show que celebra o encontro de Waldemar Ernesto e Glorinha Oliveira, na noite desta sexta-feira (01/10/2010), no palco do Teatro Alberto Maranhão, Ribeira, em Natal. O ultimo encontro desses dois talentosos e veteranos artistas potiguares foi realizado em 1998. “Após doze anos, esse novo espetáculo propõe resguardar e mesmo reinventar uma memória musical que pulsa ainda viva”, afirma Camila Loureiro, da produção do evento.
Waldemar e Glorinha são artistas de uma fase áurea da música brasileira, tanto no cenário potiguar quanto nacional. Glorinha fez parte da fundação, em 1940, da primeira rádio potiguar REN (Rádio Educadora de Natal), em seguida denominada Rádio Poti. Na década de 50, viajou por quase todo Brasil, prestigiou a inauguração de diversos veículos de comunicação dos Diários e Rádios Associados, bem como, do 1º Aniversário das TVs Tupi do Rio e São Paulo, conseguindo uma matéria de destaque na revista O Cruzeiro. Já em Natal, o maior destaque de sua carreira foi na Rádio Poti, no programa “A Estrela Canta”.
Nesse mesmo período, o pianista Waldemar Ernesto consagrou-se Maestro da Orquestra também da Rádio Poti, estabelecendo ainda um acordo com o Clube América, onde tocava nos finais de semana com o famoso “Sexteto”. Também foi músico do Aeroclube de Natal. Em seguida, partiu para os circuitos do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, trabalhando nos bailes, boates e teatros mais famosos da época. Em 1967, recebeu o convite para inaugurar a nova sede do Clube América. Na década de 80, tornou-se professor do Instituto de Música Waldemar de Almeida.
“O evento presta uma homenagem a intensa vida e a fecunda obra de Waldemar Ernesto e Glorinha Oliveira”, destaca Camila, enfatizando ainda que o show reúne renomados músicos como Eduardo Tauffic, Joca Costa, Manoca Barreto, Darlan Marley, Willame, Juliano Jow-Jow, Carlios Zens, entre outros. E ainda apresenta os frutos da nova geração do Maestro e a Estrela: Bruna Hetzel e Yuri Hetzel (netos de Waldemar), Aécio Queiroz e Katharina Gurgel, filho e neta de Glorinha.
Um show emblemático para a cidade de Natal, por contemplar um repertório impecável: “Se todos fossem iguais a você” (Tom Jobim / Vinícius de morais); “Boa Noite” (J.M. de Abreu / Francisco Mattoso); “As Rosas Não Falam” (Cartola), dentre outras pérolas da música popular brasileira. “O espetáculo ainda é abrilhantado com a presença de Tarcisio Gurgel, como Mestre de Cerimônia”, afirma a produtora.
Mais informações, visite o blog:
www.omaestroeaestrela.blogspot.com
Local: Teatro Alberto Maranhão - Praça Severo, S/N, Ribeira, Natal-RN
Data: 01 de outubro de 2010
Horário: 20h
Ingressos: R$ 30,00 (inteira)
Realização: Instituto Cultural e Audiovisual Potiguar – ICAP

Novo "Wall Street": o mundo mudou - Portal Vermelho

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Datafolha se corrige e admite favoritismo de Dilma na reta final - Portal Vermelho

Datafolha se corrige e admite favoritismo de Dilma na reta final - Portal Vermelho

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

DELEUZE, FILOSOFIA E CINEMA

Tradutor de Deleuze, Foucault e Nietzsche, o professor Roberto Machado ministra minicurso e lança livro na UFRN

Um dos mais importantes professores universitários do Brasil, respeitado tradutor de livros dos filósofos Gilles Deleuze, Michel Foucault e Nietzsche, ensaísta e conferencista de prestígio, Roberto Machado estará em Natal nesta segunda-feira (27/09/2010) e terça (28) para ministrar minicurso sobre cinema no auditório da Biblioteca Central da UFRN, das 16h às 18h30. “Deleuze, a filosofia e o cinema”, como o minicurso é intitulado, é também o título do mais recente livro de Roberto Machado, que autografará o mencionado lançamento em evento literário às 18h30 de segunda, logo após o término da primeira aula do minicurso.
Roberto Machado é professor titular do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ) e autor de diversos livros, dentre os quais “Foucault, a filosofia e a literatura” ; “Foucault, a ciência e o saber”; “Zaratustra, tragédia nietzschiana”; e ‘Nietzsche e a polêmica sobre "O nascimento da tragédia" (organização e introdução), todos publicados por Jorge Zahar Editor. Mestre e doutor em Filosofia pela Universidade católica de Louvain, na Bélgica, Roberto Machado fez seu pós-doutorado na Universidade de Paris VIII, com Deleuze.

UMA LIVRARIA COM TRADIÇÃO EM NATAL

Sarau de música celebra 33 anos de Livraria da Cooperativa Cultural da UFRN

Um sarau de música brasileira, a partir das 11h da manhã desta sexta-feira (24/09/2010) é uma das atrações da celebração de aniversário da Cooperativa Cultural da UFRN, que completa 33 anos de relevantes serviços, principalmente através das atividades da livraria dessa cooperativa. Localizada no Centro de Convivência daquela Universidade, a Cooperativa Cultural foi fundada em 5 de setembro de 1977. O sarau contará com a participação de nomes destacados da Escola de Música da UFRN, a exemplo da pianista Betânia Franklim e do saxofonista Ronaldo Ferreira.
A Cooperativa Cultural é uma sociedade que valoriza a cultura e o conhecimento, formada por professores, servidores técnico-administrativos e alunos da UFRN. O estabelecimento oferece um acervo diversificado, com títulos de literatura universais e do país, livros técnicos adotados em disciplinas ministradas na UFRN e outras instituições de ensino superior do Estado; e obras da Editora Universitária da UFRN e escritas por autores potiguares, além de CDs e DVDs de artistas nacionais e do RN, dentre outros serviços.
Palco de encontro de professores, escritores e intelectuais da cidade, também promove lançamentos de livros. A Livraria do Campus já recebeu, para lançamentos e sessões de autógrafos, a visita de grandes escritores brasileiros, como Ariano Suassuna, Fernando Sabino, Antônio Torres, Francisco J. C. Dantas, Fernando Monteiro, Raimundo Carrero, dentre muitos outros.
FONTE: Assessoria de Comunicação Social da Cooperativa Cultural da UFRN.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Matéria de Jóis Alberto na Tribuna do Norte

A "Tribuna do Norte", jornal natalense, publicou matéria de autoria de Jóis Alberto sobre a vinda de Edgar Morin a Natal (clique no título acima para ver o texto na versão on line desse jornal, edição de 16/09/2010). A chegada do famoso pensador francês da atualidade está prevista para a tarde desta sexta-feira (17/09/20100. À noite, a partir das 19h, Morin fará conferência na Praça Cívica da UFRN. Antes, haverá apresentação da Orquestra Sinfônica daquela Universidade (ver postagens anteriores neste blog sobre essa visita de Morin à cidade).

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

POLÍTICA/Aumentam chances de Dilma Roussef vencer no 1º turno

Com 20 pontos de vantagem, Dilma supera Serra até em SP e RS


A candidata a presidente Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, manteve sua tendência de alta e foi a 49% das intenções de voto. Dilma abriu 20 pontos de vantagem sobre seu principal adversário, José Serra, do PSDB, que está com 29%, segundo pesquisa Datafolha.


Os contratantes do levantamento, realizada nos dias 23 e 24 com 10.948 entrevistas em todo o país, são a Folha de S.Paulo e a Rede Globo. A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Se a eleição fosse hoje, Dilma teria 55% dos votos válidos (os que são dados apenas aos candidatos) e venceria no primeiro turno.

Todas as oscilações nacionais de voto se deram dentro do limite da margem de erro. Dilma tinha 47% na sondagem do dia 20, enquanto Serra estava com 30%. Marina Silva (PV) manteve-se em 9%. Há 4% que dizem votar em branco, nulo ou em nenhum. E 8% estão indecisos. Os demais candidatos não pontuaram.

O novo levantamento também indica que Dilma lidera agora em segmentos antes redutos de Serra. A petista passou o tucano em São Paulo, no Rio Grande do Sul e no Paraná e entre os eleitores com maior faixa de renda.

Em São Paulo — estado governado por Serra até abril e por tucanos há 16 anos —, Dilma saiu de 34% na semana passada e está com 41% agora. O ex-governador caiu de 41% para 36%. Na capital paulista, governada por Gilberto Kassab (DEM), aliado de Serra, ela tem 41% e ele, 35%.

Já no Rio Grande do Sul, a candidata saiu de 35% e foi a 43%. Já Serra caiu de 43% para 39% entre os gaúchos. Serra se mantém ainda à frente em alguns poucos estratos do eleitorado. Por exemplo, entre os eleitores de Curitiba, capital do Paraná, onde registra 40% contra 31% de sua adversária direta.

Bolsões

O avanço da candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando ocorre também em “bolsões serristas”. No levantamento de 9 a 12 deste mês, Serra liderava entre os curitibanos com 43% contra 24% de Dilma, uma vantagem de 19 pontos. Agora, a diferença caiu para nove pontos.

Quando se observam regiões do país, a candidata do PT lidera em todas, inclusive no Sul. Na semana passada, ela estava tecnicamente empatada com Serra, mas numericamente atrás: tinha 38% contra 40% do tucano. Agora, a situação se inverteu, com Dilma indo a 43% e o tucano deslizando para 36% entre eleitores sulistas.

2º turno

Como reflexo de seu desempenho geral, Dilma também ampliou a vantagem num eventual segundo turno. Saiu de 53% na semana passada e está com 55%. Serra oscilou de 39% para 36%. Ampliou-se a distância — que era de 14 — para 19 pontos.

Outro dado relevante e que indica um mau sinal para o tucano é a taxa de rejeição. Dilma é rejeitada por 19% dos eleitores, taxa que se mantém estável desde maio. Já Serra está agora com 29% (eram 27% semana passada) e chega a seu maior percentual neste ano.

Na pesquisa espontânea, quando os eleitores não escolhem os nomes de uma lista de candidatos, Dilma foi a 35% contra 18% de Serra. No levantamento anterior, os percentuais eram 31% e 17%, respectivamente. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 25.473/2010.

Fonte : Redação do site www.vermelho.org.br, com informações da Folha de S.Paulo

POLÍTICA/ Colapso do projeto neoliberal

"O EMPATE TÉCNICO DE SERRA


Datafolha: tucano tem 29% das intenções de voto e 29% de rejeição.Está empatado tecnicamente com ele mesmo nesse aspecto.Dilma, com 49% de apoio, abre 20 pontos de vantagem e lidera em todas as regiões, de Norte ao Sul. A candidata do PT virou o jogo no RS , onde o tucano ainda liderava, e abriu 5 pontos de vantagem em SP, cidadela tradicional do PSDB. Entre as capitais, Serra só lidera, ainda, em Curitiba. Sua última linha de resistência, agora, é não perder para o próprio índice de rejeição. Tarefa exceto por um desastre de proporções ferroviárias, arquitetado pelo condomínio midiático-demotucano, a sorte da disputa, seja no 1º ou no 2º turno, está selada. O que avulta na sova federal sofrida pelo candidatura demotucana, porém, é que ela não pode ser debitada exclusivamente ao ex-governador de SP. Embora, segundo a conservadora revista The Economist, "o sr. Serra pareça insípido, exceto quando sorri, aí se torna alarmante", há algo mais que antipatia nesse revés. A dimensão histórica do naufrágio demotucano foi brilhantemente resumida pelo professor José Fiori, em seu recente artigo 'Requiescat in pace'. Sua lapidar exposição, é forçoso reconhecer, sepulta o PSDB de Serra e Fernando Henrique, mas embute também desafios para a esquerda petista --e não são pequenos. Um trecho: "...o que mais chama a atenção não é a derrota em si mesma, é a anorexia ideológica dos dois últimos herdeiros da "terceira via". Não se trata de incompetência pessoal, nem de um problema de imagem, se trata do colapso final de um projeto político-ideológico eclético e anódino que acabou de maneira inglória: o projeto do neoliberalismo social-democrata. Que repouse em paz !"
(Fonte: Carta Maior em 26-08-2010)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

POESIA/ Texto de Floriano Martins

COSTELAS DE EMILE BRONTË


O teu sorriso ia desaparecendo no fundo de meu olhar.
Aos poucos já não distinguia os acenos de tua memória.
Eu disse que viria quando o sol te ensinasse a brilhar,
porém as nuvens foram me guiando para um outro ninho de escombros.
Um pequeno mercado de cicatrizes. Noite recostada em uma árvore.
A pele abandonando os cuidados com a vida que ainda guarda em si.
O tempo remodelando as sombras esquecidas sob os corpos.
A dor se aproxima como um raio. Já não escuto mais nada.
Deixo a tua mão sobre meu peito, sem saber ao certo o que ainda podes fazer por mim.
Livro-me por um segundo ou dois do mistério da morte,
mas logo recupero as vozes confiscadas por antigos presságios.
Jamais dissemos o nome do deus que faltou com sua palavra.
Aos poucos já não distinguia as cores de tua ausência.

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COSTILLAS DE EMILE BRONTË

Tu sonrisa iba desapareciendo en el fondo de mi mirada.
Al rato ya no distinguía los gestos de tu memoria.
Yo dije que vendría cuando el sol te enseñase a brillar,
sin embargo las nubes me fueron guiando hacia otro nido de escombros.
Un pequeño mercado de cicatrices. Noche recostada en un árbol.
La piel abandonando los cuidados con la vida que aun guarda en sí.
El tiempo remodelando las sombras olvidadas bajo los cuerpos.
El dolor se aproxima como un rayo. Ya no escucho más nada.
Dejo tu mano sobre mi pecho, sin saber de verdad lo que aun puedes hacer por mí.
Me libro por un segundo o dos del misterio de la muerte,
mas pronto recupero las voces confiscadas por antiguos presagios.
Jamás dijimos el nombre del dios que faltó con su palabra.
Al rato ya no distinguía los colores de tu ausencia.

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poema & fotografía | floriano martins
traducción | gladys mendía

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA/Física para poetas

Por Jóis Alberto


Física para poetas – Uma forma diferente de conhecer a Física” foi o título do mini curso, do qual eu participei dentro da programação geral da 62ª Reunião Anual da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, realizada na semana passada (25 a 30/07/2010) no Campus central da UFRN, em Natal (RN). O curso foi ministrado pelo professor Adilson de Oliveira, da UFScar – Universidade Federal de São Carlos (SP) e contou com a participação de cerca de 30 inscritos, estudantes não só de Física mas também de outras áreas – como é o meu caso que atualmente concluo uma segunda graduação, desta vez em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas; e sou mestrando em Ciências Sociais, pela UFRN.
O mini curso teve como objetivo motivar o interesse pela Física, usando novas formas de divulgação científica. No caso, numa abordagem sem o uso de conceitos matemáticos profundos para mostrar que é possível motivar pessoas a entenderem Física, ao mesmo tempo que procura desmistificar o caráter de disciplina difícil e pouco atraente. O uso da metáfora foi um dos recursos metodológicos utilizados pelo professor, procurando sempre fazer uma conexão das idéias da Física com outras áreas do conhecimento, em particular a Arte e a Música, com uso de muitas imagens e sons no datashow da sala.
Ao final, foi feita uma avaliação do curso em questionário da SBPC, além de o professor ter aberto para comentários. Eu elogiei o mini curso, disse que o evento havia atendido às minhas expectativas, porém achei que faltou mais poesia criada por poetas, já que o professor usou muitas letras de música, em especial de Gilberto Gil e de Caetano Veloso, que, é claro, mais do que letristas, são dois grandes poetas contemporâneos. O professor justificou que o curso tem esse título, mas a intenção maior é de abordar essencialmente a Física, o que compreendi, afinal se prevalecesse a literatura teria que ter outro título: Poesia para Físicos, por exemplo... Sugeri alguns poetas brasileiros que abordam conceitos de matemática e física em alguns dos seus trabalhos. Recomendei, em especial, o nosso grande surrealista Murilo Mendes...
No Brasil, além do competente e talentoso professor Adilson de Oliveira, outros têm usado esse recurso de divulgação científica para um público mais amplo, dentre os quais um dos mais famosos é Marcelo Gleiser, a quem o professor Adilson de Oliveira – colunista no site do Instituto Ciência Hoje (http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio) nada deixa a dever. Na minha modesta opinião de estudante, outro nome que se destaca na divulgação científica para um público mais amplo, mais interdisciplinar, é do engenheiro e físico Luiz Pinguelli Rosa.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

POESIA/Um poema de Floriano Martins y Viviane Santana Paulo

L U V N I S


argolas de espera me arrastam
ou somos nós que as arrastamos? criamos estes aros ?
me solto do não saber do abandono para cair
no falso que invento todo esse tempo
e as pequenas formas do cotidiano que a gente não percebe
e que estão por aí tão leves vozes ao vento
a noite amiúda os truques de nossa busca
ou somos nós que nos despistamos?
ao mastigar a engrenagem dos ecos
deixamos que soletrem em nosso íntimo as imagens
que reservamos às ilusões mais comuns
a noite sussurra como uma lâmina em minha pele
e me desvio do real
para te encontrar iniciando as formas
grifando os pronomes diante dos verbos
não sou maiúscula me desfaço dos pontos e vírgulas
e me atiro no poço que a paixão enche
de querer de busca de sede de pressa
de dor de cabeça de naipes de coisa indecifrável
de inédito dito exorbitado demandamos
a farsa da lua que mostra algo outro
o perspectivo impostor das sombras
o embuste de nossos corpos distantes
trabalhamos árduos para sermos a antera desta
ilusão e as pequenas formas do cotidiano que a gente não percebe
e que estão por aí tão leves gota de suor de espera
de indagação se derramando nas teclas do pensado
e trago a tua voz para dentro da noite
para o centro da trama em que tudo se esquece
deixo tuas palavras crescerem no interior desse mundo perdido
o corpo descarnado da memória
a luz esmagada pelas sombras
as janelas retorcidas impedindo que qualquer coisa entre ou saia
trago a tua voz para que se revire toda
como a pedra inflamada de suores negros
e ouço o silêncio aflito dos móveis pela casa inteira
deixo a voz silabar vultos nos espelhos
não quero escutar a distância de nossos corpos
mas as raias da palma da mão coberta de palavras
sublinhando seu peso nas fendas do que criamos
colho a solidão de cada sala vazia
para desenhá-la no vaso sobre a cômoda do que não
se faz necessário
ou para ruminá-la com os aros os ecos o silêncio a distância
é preciso continuar dilatando os poros na pele das horas
resgatar as pálpebras fechadas ante o sentir
e deixar de flagrar no espelho a vida de um reflexo de lâmpada
acesa na calçada que continuou indiferente
minha pele se destaca assim abrindo um lírio dentro da noite
e vou buscar um novo sítio para a mobília extraviada
intuindo o cheiro com que se revelam as novas sobras do vivido
essa miudeza com que por vezes esquecemos de celebrar o instante
quantas vezes o verbo quer ir e vir de uma face a outra do abismo ?
quantas vezes dizemos às pequenas formas do cotidiano
que não se ausentem de si ?


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L U V N I S



argollas de espera me arrastran
o somos nosotros que las arrastramos? creamos estos aros?
me suelto del no saber del abandono para caer
en lo falso que invento todo este tiempo
y las pequeñas formas de lo cotidiano que no percibimos
y que están por ahí tan leves voces al viento
la noche aminora las trampas de nuestra búsqueda
o somos nosotros que nos despistamos?
al masticar el engranaje de los ecos
dejamos que deletreen en nuestro interior las imágenes
que reservamos a las ilusiones más comunes
la noche susurra como una lámina en mi piel
y me desvío de lo real
para encontrarte iniciando las formas
subrayando los pronombres delante de los verbos
no soy mayúscula me deshago de los puntos y comas
y me lanzo en el pozo que la pasión llena
de querer de búsqueda de sed de prisa
de dolor de cabeza de naipes de cosa indescifrable
de inédito dicho exorbitado
requerimos la farsa de la luna que muestra algo otro
lo perspectivo impostor de las sombras
el embuste de nuestros cuerpos distantes
trabajamos arduo para ser la antera de esta ilusión
y las pequeñas formas de lo cotidiano que no percibimos
que están ahí tan leves gota de sudor de espera
de indagación derramándose en las teclas de lo pensado
y trago tu voz hacia dentro de la noche
hacia el centro de la trama en que todo se olvida
dejo tus palabras crecer en el interior de ese mundo perdido
el cuerpo descarnado de la memoria
la luz oprimida por las sombras
las ventanas retorcidas impidiendo que cualquier cosa entre o salga
trago tu voz para que se revire toda
como la piedra inflamada de sudores negros
y oigo el silencio afligido de los muebles por la casa entera
dejo la voz silabear bultos en los espejos
no quiero escuchar la distancia de nuestros cuerpos
sino las rayas de la palma de la mano cubierta de palabras
subrayando su peso en las hendiduras de lo que creamos
tomo la soledad de cada sala vacía
para dibujarla en el vaso sobre la cómoda de lo que no
se hace necesario
o para rumiarla con los aros los ecos el silencio la distancia
es necesario continuar dilatando los poros en la piel de las horas
rescatar los párpados cerrados ante el sentir
y dejar de flagrar en el espejo la vida de un reflejo de lámpara
encendida en la calle que continuó indiferente
mi piel se destaca así abriendo un lirio dentro de la noche
y voy a buscar un nuevo sitio para el mobiliario extraviado
intuyendo el olor con que se revelan las nuevas sobras de lo vivido
esa pequeñez con que a veces olvidamos celebrar el instante
cuántas veces el verbo quiere ir y venir de una cara a otra del abismo?
cuántas veces dijimos a las pequeñas formas de lo cotidiano
que no se ausenten de sí?

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poema | floriano martins y viviane santana paulo
imágenes | floriano martins
traducción | gladys mendía
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quarta-feira, 21 de julho de 2010

LITERATURA/Poesia surrealista

Poeta Floriano Martins, um dos maiores divulgadores da poesia surrealista do Brasil e países de língua espanhola, participa de Feira Internacional do Livro, de Lima


Um dos grandes especialistas no Brasil em poesia surrealista e literatura de língua espanhola, o poeta e ensaísta cearense Floriano Martins, de Fortaleza, é um dos convidados da 15ª FIL- Feria Internacional del Libro 2010, que será realizada neste final de semana em Lima, Peru, numa promoção da Câmara Peruana do Livro. O evento reúne artistas e intelectuais do Peru, Brasil, Equador, México e Espanha. A abertura será às 20h do sábado (24/07/2010) com a mesa redonda “Cruzando fronteiras: oportunidades do mercado editorial”. Os trabalhos continuarão no domingo com conferência sobre a integração dos mercados editorais da América do Sul e exibição do vídeo “Secreta morada”, de Floriano Martins.
Autor do livro “O Começo da Busca – O Surrealismo na poesia da América Latina” (São Paulo: Escrituras, 2001), dentre outros títulos, Floriano Martins desenvolve um trabalho importantíssimo de divulgação da poesia em livros e na internet, como por exemplo a revista digital Agulha, que ele editou com o poeta Claudio Willer. Atualmente, além de participar com conferencista de eventos literários no Brasil e exterior, Martins coordena o projeto editorial Banda Hispânica, do Jornal de Poesia.
Dentre os poetas que participam da antologia “O Começo da Busca...”, destacam-se Aldo Pellegrini, César Moro, Juan Calzadilla, Raul Henao, Roberto Piva, Sérgio Lima – estes dois últimos figuram entre os mais cultos e criativos poetas surrealistas do Brasil. De Roberto Piva, recentemente falecido em São Paulo, publico aqui no blog um dos poemas dele que constam dessa bela antologia:

Poema vertigem


Roberto Piva


Eu sou a viagem de ácido nos barcos da noite
Eu sou o garoto que se masturba na montanha
Eu sou tecnopagão
Eu sou Reich, Ferenczi & Jung
Eu sou o Eterno Retorno
Eu sou o espaço cibernético
Eu sou a floresta virgem das garotas convulsivas
Eu sou o disco voador tatuado
Eu sou o garoto e a garota Casa Grande & Senzala
Eu sou a orgia com o garoto loiro e sua
Namorada de vagina colorida (ele vestia a
calcinha dela e dançava feito Shiva no meu corpo)
Eu sou o nômade do Orgônio
Eu sou a Ilha de Veludo
Eu sou a Invenção de Orfeu
Eu sou os olhos pescadores
Eu sou o Tambor do Xamã (& o Xamã coberto
De pele e andrógino)
Eu sou o beijo de Urânio de Al Capone
Eu sou uma metralhadora em estado de Graça
Eu sou a pomba-gira do Absoluto

*****XX*****

15ª FIL – Feria Internacional del Libro – Lima, Perú - 2010
Presencia de Floriano Martins (Brasil)


Sábado 24/07 – 20h00 - Sala de Usos Múltiples
BRASIL – ECUADOR – ESPAÑA – PERÚ
III Encuentro Nacional de Editores – Mesa redonda sudamericana
Cruzando fronteras: Oportunidades de mercado editorial
Participan: Floriano Martins, Fabián Luzuriaga, John Soldwedel
Organizan: Centro Cultural del España, Cámara Peruana del Libro, Embajada de Ecuador
Auspicia: Borrador Editores

Domingo 25/07 – 19h00 - 19h50 – Sala de Usos Múltiples
Conferencia: “Realidades y perspectivas de la integración de los mercados editoriales sur americanos

Domingo 25/07 – 20h15 - 21h15 – Sala Ciro Alegría
Presentación del video “Secreta morada”, de Floriano Martins (Brasil) y la banda sonora del grupo Cabezas de Cera (México) – Lectura de poemas con la participación de Grazia Ojeda del Arco
Conversatorio sobre libros y el Proyecto Editorial Banda Hispánica
Presentación de Escritura Conquistada - Conversación con poetas de Latinoamérica - tomos I y II
Participación de Hildebrando Pérez Grande

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ARTIGO DE PABLO CAPISTRANO/Copa 2010

Poderia ter sido pior.


Pablo Capistrano


Escritor, professor de filosofia do IFRN.
www.pablocapistrano.com.br



Não sou adepto de doutrinas polianescas, daquelas que justificam as misérias da vida com um discurso “poderia ter sido pior”. Também não acho, como o velho Leibniz, que este é o melhor dos mundos possíveis. Não precisei ler o Cândido de Voltaire para saber que, nesse mundo, nem sempre os justos são felizes e que muitas vezes os puros de coração são destroçados pelos canalhas. No entanto, tenho que admitir depois da eliminação do Brasil para a Holanda nas quartas de final dessa Copa: “poderia ter sido pior”.
Nós poderíamos ter ganhado essa copa! Sim, imagine o que aconteceria se o Brasil fosse campeão derrotando, por exemplo, a Espanha, ou a Alemanha!!
Conta-se nas crônicas do futebol que duas seleções foram responsáveis por um tipo de crime bastante conhecido no mundo da bola: “o futibocídio”. Em 1954, por exemplo, a maravilhosa seleção Puskas foi derrotada debaixo de chuva pelo futebol pragmático do alemão Fritz Walter. A Alemanha, aliás, que é a maior das futibocídas da história, uma espécie de serial killer do futebol arte, poderia ser vítima essa copa de seu próprio veneno. A Hungria de 1954, a Holanda de 1974, a França de Platini e Tiganá que encantou o mundo em 1982. Todas essas seleções foram vítimas do pragmatismo germânico, da mecânica de um jogo que parece com futebol e que surpreendentemente funciona. Nós, brasileiros, fomos vitimas de outro futebocida. Em 1982 fomos abatidos pela Itália de Paolo Rossi.
O catenaccio italiano, posto em prática em 2010 por uma cosmopolita Internazionale de Milão, e elevado a paradigma do futebol de resultados pelos obtusos da bola, foi, para nós, o grande carrasco do futebol brasileiro pós 1970. Os próprios italianos reconhecem seu estilo e assumem sua posição de carrascos do futebol arte. O escritor italiano Ignácio Taibo costumava a dizer: “o catenaccio é a antiliteratura”. Jogando com um zagueiro na sobra, atrás de um muro de quatro homens plantados na defesa, o estilo futibocida dos italianos se baseava na ideia de que um time precisa jogar sem a bola, marcando e reduzindo os espaços do oponente de modo a, em um vacilo, roubar a pelota e ligar um contra ataque rápido através de lançamentos longos ou da velocidade de seus laterais.
Qualquer semelhança com o futebol da seleção de Dunga não é mera coincidência. O Brasil esse ano abdicou de algo que os Argentinos e os Espanhóis (até, de certo modo, os alemães de 2010!!!) sabem muito bem o que é. O futebol sul americano se firmou no mundo com um conceito oposto ao dos futebocidas europeus: manter a posse da bola, tocar, tocar, tocar, defender com a bola nos pés e atacar sempre. Assim o Brasil foi tri campeão mundial (podemos imaginar também que a copa de 2002 teve muitos momentos desse velho estilo de jogar), assim perdemos a copa de 1982 e 1986 e assim o Brasil se formou uma Seleção mítica.
Construímos nossa literatura futebolística com esse tipo de poesia que hoje outros times parecem tentar imitar. Imaginem o que aconteceria se encontrássemos um time na final, jogando desse modo, e fossemos campeões contra nosso próprio estilo de jogo? Em um futebol globalizado, em que as seleções se tornam todas iguais, flutuando em uma mesma mediocridade criativa e em uma covardia futebolística fundamental o Brasil sempre foi o diferencial. Nós éramos isso, nós tínhamos essa característica, esse romantismo que se configurava magicamente em nossos pés em resultados.
Há uma falsa discussão no Brasil, que diz que só há duas soluções para o futebol brasileiro: perder jogando como em 1982 ou ganhar jogando como em 1994. Essa é uma discussão suicida. Esquecemos que podemos de novo ganhar como em 1970. Cristalizamos 1970. Sacralizamos tanto aquela Seleção que acreditamos piamente ser impossível repetir aquilo. Esse é o nosso erro, a nossa mais desconcertante ironia: não sabemos mais como imitar a nós mesmos. Se a Seleção de Dunga ganhasse iriam surgir vozes na imprensa dizendo “O nosso futebol é prosa, não é poesia” (parafraseando o técnico italiano Giovanni Trapattoni). Me chame de porco multicuralista, eu não me importo. Ser patriota não é torcer pela Seleção brasileira, ser patriota é torcer pelo futebol que se joga no Brasil, uma marca de identidade que nos faz ser aquilo que nós somos e que de vez em quando amamos nos esquecer.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

FUTEBOL/Copa 2010

Lições de erros e acertos da seleção brasileira na “era Dunga”


Jóis Alberto


Hoje, 2 de julho de 2010, é um dia triste para o povo brasileiro. Na manhã deste dia, a seleção brasileira de futebol foi eliminada nas quartas de final para a seleção da Holanda, por 2 x 1, no estádio Nelson Mandela Bay, na cidade de Porto Elizabeth, África do Sul. Passado o grande impacto inicial da derrota, impacto e tristeza maiores porque o Brasil dominou o jogo no primeiro tempo, com 1x0, ao se analisar com mais calma os acertos e erros da equipe brasileira, se pode também traçar algumas perspectivas não só para compreensão dos esportes na era da comunicação digital, mas em relação ao planejamento para a Copa do Mundo de futebol no Brasil em 2014.

Diante da tradição de conquistas do futebol brasileiro em Copas do Mundo, pentacampeão mundial, falar dos acertos técnicos da equipe comandada por Dunga, seria redundante em relação ao que profissionais do futebol já comentaram na TV, rádio, jornais, revistas, internet e outros veículos de comunicação. Culpar isoladamente um jogador, no caso Felipe Melo, que nesse jogo passou da posição de herói – ele contribuiu com passe para o gol de Robinho -, para vilão, pois o mesmo Felipe Melo involuntariamente fez gol contra, numa indecisão fatal com o goleiro Júlio César, seria a reação emocional mais esperada, porém não considero a mais correta.

FIM DA “ERA DUNGA”


Fim da “era Dunga”? Para muitos, felizmente sim! Na minha opinião de torcedor, o grande problema da seleção brasileira nessa Copa 2010 foi a equipe não ter trabalhado melhor o psicológico, o emocional, para saber manter a calma, o auto-controle, nos momentos de maior tensão e nervosismo. Eu, que muitas vezes em situações de stress e nervosismo, perco o auto-controle, sei como é difícil manter a calma em situações como essa. Porém tenho consciência também que perder a calma não ajuda em nada. Foi o que aconteceu com o time brasileiro, principalmente após os lamentáveis erros de Felipe Melo, principalmente quando ele, Melo, após o Brasil estar perdendo de 2x1, ainda marcou uma falta e pisou com maldade na perna de um jogador holandês, sendo desse modo expulso do campo e deixando o Brasil com dez jogadores, numa situação ainda mais difícil. Não é dessa violência que o futebol brasileiro precisa.

O que precisa, então? Comprometimento? É óbvio que sim, porque se não tem esse comprometimento, tão alardeado por Dunga nas entrevistas à imprensa, não se tem o espírito de equipe. Os atletas jogaram com garra? De modo geral, sim. Com talento? Nem sempre... Na primeira partida, contra a Coréia do Norte, de quem o Brasil ganhou por um medíocre 2x1, eu consegui compreender esse placar, por causa principalmente do peso emocional da estréia, diante de um adversário que se fechava na defesa... Nas demais partidas, o desempenho mediano esperado dessa seleção, pelos mais realistas, pelo menos garantiu a classificação para as quartas de final... E foi por confiar demais no estilo mediano de Dunga e dos jogadores escalados por ele, exceção é claro de Robinho e Kaká, que mesmo não jogando o que sabe é superior a vários outros dessa seleção, foi confiando nisso que o Brasil perdeu, quando faltava pouco para alcançar as semi-finais.
Apesar do fracasso, é inegável que Dunga é um treinador com credenciais suficientes para ter ocupado o cargo de técnico da seleção brasileira, como comprovam algumas conquistas de campeonatos importantes que ele ostenta na biografia. Os grandes problemas dele foram a teimosia e o descontrole emocional... Agora, todavia, se eu fosse falar de craques que ficaram de fora seria fazer uma média que prefiro evitar, porque nesse momento, com a eliminação, ficou fácil argumentar nesse sentido... No entanto, é bem verdade que ele, Dunga, poderia ter sido mais flexível, refletido melhor e, quem sabe, o resultado hoje não tivesse sido diferente, se, por exemplo, ele tivesse atendido não só aos apelos de grande parte da torcida brasileira, mas também de profissionais do futebol que atuam na imprensa. Dunga, porém, preferiu correr o risco...
No final, qual o balanço conclusivo dos acertos e erros da seleção, do técnico e da comissão técnica em 2010? Na minha opinião, no geral Dunga e jogadores se saíram razoavelmente porque conseguiram levar o time até às quartas de final, numa Copa em que grandes favoritos foram eliminados nos primeiros jogos, como a França, em grande parte exatamente devido ao descontrole emocional, como no caso do técnico francês e seus jogadores, levando a equipe francesa a um descontrole ainda maior do que o de Dunga e seu time.

EXPECTATIVAS PARA A COPA 2014



Para a Copa de 2014, na qual a cidade de Natal está incluída, é torcer desde já que a seleção brasileira consiga manter o auto-controle na estréia e nas partidas decisivas após as oitavas de final... É saber se recuperar de desempenhos medíocres, como por exemplo foi o caso de Luís Fabiano, que não foi bem na estréia na Copa de 2010 e depois marcou gol; ter o talento do goleiro Júlio César; saber marcar bem, o que faltou entre os laterais escalados; ter o espírito combativo de um zagueiro como Lúcio, que mostrou combatividade, garra, virilidade, sem apelar para a pancadaria, como Felipe Melo, pancadaria que, na defesa, muitas vezes mais atrapalha do que ajuda, como se viu nesta partida de hoje. Dentre os jogadores que atuaram como meias gostei do desempenho de Elano e Kaká; e dos atacantes, Luís Fabiano e Robinho; Nilmar apenas razoável e, Grafite... Bom, esse é um enigma indecifrável... Só Deus sabe por que ele foi convocado!!!

Torço ainda para que Natal consiga, nesses próximos quatro anos, resolver o problema no trânsito da cidade, em especial aqui nessa área central onde moro, o Alecrim, cujo excesso de veículos em ruas estreitas e camelôs nas calçadas transformam o bairro num caos durante os dias úteis da semana...
E para finalizar um último comentário, como jornalista: é sobre o relacionamento de Dunga com a imprensa, em especial a Globo. Na entrevista em que ele, Dunga, murmurou insultos, captados nas imagens e um pouco no áudio, contra repórteres, considero que faltou prudência e humildade de ambos os lados... É lógico que um técnico, em especial ele, que foi jogador tetracampeão, conhece muito de futebol, da mesma forma que vários jornalistas que cobrem essa área e acabam se especializando...

Quanto a Galvão Bueno sempre tive uma opinião: ele é o melhor narrador esportivo da TV brasileira, de modo que ele é imbatível, diria mesmo insubstituível, quando atletas brasileiros saem vitoriosos em diversas modalidades, como futebol, automobilismo, vôlei, basquete, etc... O ruim em Galvão Bueno é quando equipes esportivas brasileiras estão perdendo... Aí é difícil suportar as lamentações dele, os comentários a eventos esportivos já esquecidos por muitos, a referência a superstições, e outras besteiras... Antes, o torcedor tinha que lamentar isso em casa, bares e outros espaços de lazer, com amigos e parentes... Hoje é diferente: fazem gozações que se tornam famosas, como fizeram com o próprio Galvão na internet, montando vídeos que correm o mundo pelo you tube... É a interatividade da era da comunicação digital... Uma época em que a Globo já não pode mais monopolizar sozinha as telecomunicações no Brasil, como fazia antigamente: além de concorrentes nacionais fortes na televisão, tem a concorrência de portais na internet, muitos deles sob o controle acionário de corporações estrangeiras, que por sua vez, não raras vezes veiculam um noticiário que parece torcer contra o Brasil, contra o nosso patriotismo, nossas tradições, nossos arquétipos mais profundos -, mas isso é outra história...
Enfim, futebol se faz com fé, garra, espírito esportivo, arte e ciência.... E, principalmente, muito talento e tranqüilidade, como nos tempos de ídolos inesquecíveis como Pelé, Didi, Garrincha, Gerson, Tostão, Rivelino, Jairzinho, Romário, Cafu, Bebeto, Tafarel, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

CINEMA E ANTROPOLOGIA/ Retrospectiva Jean Rouch

Começa exibição de curtas e longas do documentarista francês no Auditório SEBRAE em Natal

Começa nesta segunda-feira à noite (21/06/2010) uma ampla retrospectiva de curtas e longas do documentarista francês Jean Rouch (1917-2004), no prédio do Sebrae/RN em Natal. Ao todo a mostra é composta de 37 filmes, que serão exibidos em três sessões diárias – 15, 17 e 20h –, no perído de 21 a 26 de junho, no auditório do Sebrae, av. Lima e Silva, 76, Lagoa Nova, próximo ao estádio Machadão, em Lagoa Nova.
Segundo a professora Lisabete Coradini, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRN, Jean Rouch, mais conhecido como "antropólogo do cinema", notabilizou-se por um estilo que conjuga o cinema-verdade com um enfoque etnográfico, filmando em diversos países africanos.
De acordo com a professora Lisabete, essa é uma possibilidade de conhecer filmes raros do diretor, caso de Babatu, Os Três Conselhos, que, filmado em Níger, concorreu à Palma de Ouro em Cannes em 1976; e Funerais em Bongo: O Velho Anaï 1848-1971, filmado no Mali em 1972.
Um dos destaques da programação é o documentário Jean Rouch — O Primeiro Filme, de Dominique Dubosc. Feito em 1991, o filme dá oportunidade a que Rouch revisite e critique seu primeiro filme, No País dos Magos Negros (1946-1947).
O que já se disse: "A presente Retrospectiva Jean Rouch é um marco definitivo em direção à popularização de sua obra entre nós" (antropóloga Patrícia Monte-Mór)

PROGRAMAÇÃO

HOJE (21/06/2010):

Sessão Especial às 19 horas
Abertura dia 21 de junho às 20:15 h
Palestra : "Jean Rouch e Glauber Rocha : de um transe a outro" - Prof. Dr. Mateus Araujo Silva
(UFMG,França)


Engenheiro e doutor em letras, explorador e etnógrafo, Jean Rouch conhecia, desde menino, a obra de Flaherty e Murnau. Ligado ao Museu do Homem - Paris - centro de estudos de antropologia - começou a registrar suas observações etnográficas em filme, ainda nos anos 40, durante viagens à África. Em 1960 realiza, junto com sociólogo Edgar Morin, o filme Crônica de um verão (Chronique d' un été), apoiado em novos recursos técnicos como câmera leve, na mão e gravador de som direto (Nagra). Rouch também investiga possibilidades além das fronteiras do documentário, misturando procedimentos e influências da ficção no desenvolvimento de suas obras. Chama atenção a maneira como investiga a influência cultural do cinema no filme Eu, um negro (Moi, un noir). Os personagens, reais, "fazem de conta" que são atores conhecidos do cinema americano. Pela forma de apresentar esses mitos ficamos sabendo muito de seus sonhos, de sua visão de mundo e da sua cultura. A obra e as idéias de Jean Rouch tem fortes vínculos com o documentário brasileiro ligado ao Cinema Novo (anos 60), pois vários jovens brasileiros fizeram cursos de documentário no Museu do Homem.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

PALESTRA E LANÇAMENTO LITERÁRIO

Emir Sader faz palestra e lança na UFRN o livro
"Brasil - Entre o Passado e o Futuro"



Emir Sader, um dos mais importantes intelectuais do Brasil na atualidade, estará na UFRN, em Natal, nesta terça-feira (22/06/2010), para fazer palestra e lançamento literário, numa promoção que conta com apoio do PPGCS – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN; ADURN - Associação dos Docentes da UFRN e Livraria da Cooperativa Cultural da mesma Universidade. “Brasil – Entre o Passado e o Futuro” é o título da palestra que o professor doutor da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Emir Sader, fará a partir das 9h desta terça-feira no auditório “B” do CCHLA-NAPP, no Campus Central da UFRN. Em seguida, Emir Sader participará do lançamento literário, autografando o livro de título homônimo, “Brasil – Entre o Passado e o Futuro”, a partir das 11h da terça, na Livraria da Cooperativa Cultural, no Campus da UFRN nesta capital.
Co-edição da Editora Boitempo e da Fundação Perseu Abramo, “Brasil: entre o passado e o futuro”, organizado por Emir Sader e Marco Aurélio Garcia, reúne ensaios de pensadores da cena política e intelectual brasileira, que buscam assimilar e analisar as intensas transformações ocorridas no Brasil nos últimos sete anos. Os textos se debruçam sobre o passado recente do país, na tentativa de desvendar diversos aspectos da realidade brasileira, como sua dinâmica econômica, social, política e cultural.
O livro busca contribuir com o debate sobre o que virá após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para tanto, contou com a colaboração de alguns intelectuais – integrantes do governo ou não – que nunca deixaram de pensar e sistematizar idéias sobre o processo em curso no país: Marco Aurélio Garcia, Emir Sader, Marcio Pochmann, Guilherme Dias, Luiz Dulci, Nelson Barbosa, José Antonio Pereira de Souza e Jorge Mattoso. Além dos artigos, completa o volume uma entrevista com a ministra Dilma Rousseff, feita por Garcia, Sader e Mattoso.
O livro apresenta um conjunto de dados, análises e propostas de ensaístas comprometidos com um projeto de país que será o centro do debate nas disputas eleitorais de 2010. Busca, assim, trazer uma contribuição interpretativa sobre o momento atual, vislumbrando transformar o futuro.


FONTE:

http://www.boitempo.com/livro_completo.php?isbn=978-85-7559-158-1

NOTÍCIA/Escritor português José Saramago morre aos 87 anos

Do site www.vermelho.org.br/

"Nossa única defesa contra a morte é o amor", disse certa vez o escritor português José Saramago. Deixando um vazio na literatura, ele morreu nesta sexta-feira (18/06/2010) em Lanzarote (Ilhas Canárias, na Espanha), aos 87 anos. Em 1998, Saramago - que era filiado ao Partido Comunista Português - ganhou o único Prêmio Nobel da Literatura em língua portuguesa.
A Fundação José Saramago confirmou em comunicado que o escritor morreu às 12h30 (horário local, 7h30 em Brasília) na sua residência em Lanzarote "em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila".
Leia também no site www.vermelho.org.br:
Para PCP morte de Saramago é perda irreparável
Governo brasileiro lamenta morte do escritor José Saramago

O escritor nasceu em 1922, em Azinhaga, aldeia ao sul de Portugal, numa família de camponeses, e, apesar da mudança com a família para Lisboa, com apenas dois anos, o local de nascimento seria uma marca constante ao longo da sua vida, como anunciaria em 1998, aos 76 anos, no discurso perante a Academia Sueca pela atribuição do Nobel da Literatura.

Autodidata, antes de se dedicar exclusivamente à literatura trabalhou como serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção numa editora. Começou a atividade literária em 1947, com o romance Terra do Pecado. Voltou a publicar livro de poemas em 1966. Atuou como crítico literário em revistas e trabalhou no Diário de Lisboa. Em 1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias. Acuado pela ditadura de Salazar, a partir de 1976 passou a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.

Em 1980, alcança notoriedade com o livro Levantado do Chão, visto hoje como seu primeiro grande romance. Memorial do Convento confirmaria esse sucesso dois anos depois. Em 1991, publica O Evangelho Segundo Jesus Cristo, livro censurado pelo governo português - o que leva Saramago a exilar-se em Lanzarote, onde viveu até hoje.

Entre seus outros livros estão os romances O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986), Todos os Nomes (1997), e O Homem Duplicado (2002); a peça teatral In Nomine Dei (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos Cadernos de Lanzarote (1994-7). O livro Ensaio sobre a Cegueira (1995) foi transformado em filme pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles em 2008.

Seus inegáveis méritos como romancista foram finalmente reconhecidos em 1998 com o Prêmio Nobel de Literatura, concedido por ter criado uma obra na qual "mediante parábolas sustentadas com imaginação, compaixão e ironia, nos permite continuamente captar uma realidade fugitiva".

Nos últimos anos, Saramago não deixou passar muito tempo entre um romance e outro. Era consciente de sua idade e, como disse à agência Efe em entrevista, tinha "ainda algo para dizer", e o melhor é que o dissesse "o mais rápido possível". Embora também dizia que "chegará o dia em que se acabarão as ideias, e nada iria ocorrer".

Seus romances abordam reflexões sobre alguns dos principais problemas do ser humano, fazem o leitor pensar, o estremecem e comovem. Seus personagens estão cheios de dignidade.

Saramago era filiado ao Partido Comunista Português, tornando-se um dos mais distintos militantes até à sua morte. A sua primeira biografia, do escritor também português João Marques Lopes, foi lançada neste ano. A edição brasileira de "Saramago: uma Biografia" chegou às livrarias no mês passado, com uma tiragem de 20 mil exemplares pela editora LeYa.

Segundo o autor, Saramagou chegou a pensar na hipótese de migrar para o Brasil na década de 1960. "Em cartas a Jorge de Sena e a Nathaniel da Costa datadas de 1963, Saramago considera estes tempos em que escreveu e reuniu as poesias que fariam parte de 'Os Poemas Possíveis' como desgastantes em termos emocionais e chega mesmo a ponderar a hipótese de migrar para o Brasil. Esta informação surpreendeu-me bastante, pois não fazia a mínima ideia de que o escritor chegara a ponderar a hipótese de emigrar para o Brasil e por a mesma coincidir com o período da história brasileira em que esteve mais iminente uma transformação socialista do país", disse Lopes em entrevista à Folha.com.

Após lançamento da biografia, Saramago classificou a obra como "um trabalho honesto, sério, sem especulações gratuitas". O escritor era consciente do poder que tinha a internet para divulgar qualquer ideia, e em setembro de 2008 criou um blog, intitulado "O caderno". Foi "um espaço pessoal na página infinita de internet", segundo suas palavras.

A morte o surpreendeu quando preparava um romance sobre a indústria do armamento e a ausência de greves neste setor, ou pelo menos essa era a ideia que queria desenvolver, como disse quando apresentou "Caim" em novembro de 2009.

Ajuda ao Haiti

Saramago relançou em janeiro deste ano nova edição do livro A Jangada de Pedra, que tem toda a sua renda revertida para as vítimas do terremoto no Haiti. O relançamento da obra foi resultado da campanha "Uma balsa de pedra a caminho do Haiti", que doa integralmente os 15 euros que custará o livro (na União Europeia) ao fundo de emergência da Cruz Vermelha para ajudar o Haiti.

Em nota, Saramago havia explicado que a iniciativa é da sua fundação e só foi possível graças à "pronta generosidade das entidades envolvidas na edição do livro".

Obras publicadas
Poesias


- Os poemas possíveis, 1966
- Provavelmente alegria, 1970
- O ano de 1993, 1975

Crônicas

- Deste mundo e do outro, 1971
- A bagagem do viajante, 1973
- As opiniões que o DL teve, 1974
- Os apontamentos, 1976

Viagens

- Viagem a Portugal, 1981

Teatro

- A noite, 1979
- Que farei com este livro?, 1980
- A segunda vida de Francisco de Assis, 1987
- In Nomine Dei, 1993
- Don Giovanni ou O dissoluto absolvido, 2005

Contos

- Objecto quase, 1978
- Poética dos cinco sentidos - O ouvido, 1979
- O conto da ilha desconhecida, 1997

Romance

- Terra do pecado, 1947
- Manual de pintura e caligrafia, 1977
- Levantado do chão, 1980
- Memorial do convento, 1982
- O ano da morte de Ricardo Reis, 1984
- A jangada de pedra, 1986
- História do cerco de Lisboa, 1989
- O Evangelho segundo Jesus Cristo, 1991
- Ensaio sobre a cegueira, 1995 (Prémio Nobel da literatura 1998)
- A bagagem do viajante, 1996
- Cadernos de Lanzarote, 1997
- Todos os nomes, 1997
- A caverna, 2001
- O homem duplicado, 2002
- Ensaio sobre a lucidez, 2004
- As intermitências da morte, 2005
- As pequenas memórias, 2006
- A Viagem do Elefante, 2008
- O Caderno, 2009
- Caim, 2009

FONTE:

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=131707&id_secao=11

Acesso feito em 18 de junho de 2010.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

ESTUDOS DA COMPLEXIDADE/Lançamento literário

Professora Ceiça Almeida lança novo livro


Complexidade, saberes científicos, saberes da tradição” é o título do livro da professora da UFRN Maria da Conceição de Almeida, que será lançado a partir das 18 h desta segunda-feira (14/06/2010), na Livraria da Cooperativa Cultural, no Centro de Convivência do Campus da UFRN em Natal. A professora Ceiça Almeida é do Departamento de Ciências Sociais, onde lidera um grupo de pesquisadores (as), o Grecom - Grupo de Estudos da Complexidade, que tem dado importantes contribuições para a renovação do saber científico na Universidade, a partir da análise da obra de grandes cientistas e pensadores contemporâneos, como Edgar Morin. Este novo livro é uma edição da Editora da Física.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

CIÊNCIAS SOCIAIS/ Lançamento literário

Lançada com êxito a coletânea “Desenvolvimento e políticas públicas no Oeste potiguar: avaliações”

Lançado com êxito em Natal o livro “Desenvolvimento e políticas públicas no Oeste potiguar: avaliações”, do professor da UFRN João Bosco Araújo da Costa e a professora da UERN Maria Ivonete Soares Coelho (organizadores do volume). O lançamento ocorreu no final da manhã de 28/05/10 na livraria da Cooperativa Cultural da UFRN, campus em Natal, com a presença de professores, pesquisadores, políticos, lideranças sindicais, dentre outros.
Editada pelas Edições UERN, a coletânea reúne textos de pesquisadores da Base de Pesquisa Poder Local, Cultura Política e Políticas Públicas, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN. Dentre os componentes da Base de Pesquisa e autores/colaboradores do livro estão, além dos organizadores, os docentes Maria Daline de Souza, Simone Cabral, Everkley Tavares, Maria do Perpétuo Socorro R. S. Severino, Edilene Jales (in Memória) e Gilcélia Batista Góis.

SERVIÇO – Desenvolvimento e políticas públicas no Oeste potiguar: avaliações. Organizado por João Bosco Araújo da Costa e Maria Ivonete Soares Coelho. Edições UERN, 2010. Preço do exemplar: R$ 25,00. À venda na livraria da Cooperativa Cultural da UFRN, Centro de Convivência da UFRN; na Secretaria da Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN e na Base de Pesquisa Poder Local, Cultura Política e Políticas Públicas, na sala 411 do CCHLA, Campus da UFRN em Natal.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

CIÊNCIAS SOCIAIS/Lançamento literário

AVALIAÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS
NO OESTE POTIGUAR


Livro que reúne pesquisas sobre o tema será lançado
dia 28/05 na Cooperativa Cultural da UFRN


Desenvolvimento e políticas públicas no Oeste potiguar: avaliações” é o título do livro organizado pelo professor João Bosco Araújo da Costa, do Departamento de Ciências Sociais da UFRN, e pela professora Maria Ivonete Soares Coelho, da UERN, que será lançado a partir das 11h desta sexta-feira (28/05/2010), na livraria da Cooperativa Cultural, no Centro de Convivência, Campus da UFRN em Natal.
Editado pelo programa editorial Edições UERN, o livro reúne artigos de pesquisadores da Base de Pesquisa Poder Local, Cultura Política e Políticas Públicas, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN. Dentre os componentes da Base de Pesquisa e autores/colaboradores do livro estão, além dos organizadores, os docentes Maria Daline de Souza, Simone Cabral, Everkley Tavares, Maria do Perpétuo Socorro R. S. Severino, Edilene Jales (in Memória) e Gilcélia Batista Góis.
AVALIAÇÃO - “O interesse pelo tema da avaliação de política pública tem crescido no Brasil por tratar-se de uma exigência de que as políticas públicas tenham efetividade e que os gastos públicos sejam feitos com racionalidade, por serem duas exigências democráticas”, afirma o professor João Bosco Araújo da Costa. Acerca do livro, João Bosco enfatiza que o conjunto de textos que o constituem apresenta como traço comum duas características: os resultados de estudos que tiveram como objetivo avaliar a efetividade de algumas políticas públicas implementadas na região oeste do Rio Grande do Norte (mesorregião oeste potiguar); e seus autores, em sua quase totalidade, são docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) que realizaram ou atualmente estão realizando pós graduação – doutoramento – na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

Jóis Alberto
Jornalista e Mestrando em Ciências Sociais/UFRN

terça-feira, 18 de maio de 2010

CINEMA CULT/Sessão maldita

Um Lugar Para os Malditos

IV Semana do Filme Cult começa com clássico de Dario Argento

Pela quarta vez consecutiva o Cineclube Natal, a Fundação José Augusto (através do Teatro de Cultura Popular Chico Daniel) e o jornalista Rodrigo Hammer se unem para promover um dos eventos mais aguardados por quem encara Cinema além das estréias milionárias e badalação dos blockbusters. Segundo informações dos organizadores do evento, dentre os quais Nelson Marques, Gianfranco Marchi e o o mencionado Hammer, a Semana do Filme Cult foi criada como uma forma de trazer filmes underground ou ferrenhamente cultuados ao público natalense.
Na quarta edição que se inicia às 18 h desta terça-feira (18/05/2010), no TCP – Teatro de Cultura Popular da Fundação José Augusto, rua Jundiaí, Tirol, em Natal, o filme escolhido para abrir a programação de seis longas de várias nacionalidades é Suspiria, dirigida pelo mestre do Horror italiano Dario Argento. Suspiria apenas antecipa uma sucessão de títulos definidos entre o bizarro e o burlesco, onde também há lugar para Grand Guignol e experimentalismo barbarizante. “Escolhemos por critérios que passam pelo reconhecimento dos cinéfilos, a importância das obras em si e também pela preferência pessoal de nós, que fazemos a seleção. Em comum, somos guiados pelos diferenciais de cada título. É esse o nosso verdadeiro incentivo”, explica Nelson Marques.

FILME CULT

A permanência da Semana do Filme Cult no calendário do Cineclube Natal confirma o sucesso da iniciativa responsável por atrair amantes de raridades do gênero que, assim, podem ter a oportunidade de assistir a títulos nem sempre disponíveis em coleções particulares e muito menos nas poucas bancas de Filmes de Arte. As cópias, em muitos casos, recebem tradução e legendagem dos próprios organizadores da mostra, como é o caso do raríssimo A Vingança do Sexo, a ser exibido no sábado, 22. “O filme é argentino e consegui uma matriz com o áudio comprometido por sucessivas remasterizações. A dublagem em Inglês tinha sido removida, mas fui em frente assim mesmo, traduzindo diretamente do Espanhol. Depois do trabalho encerrado, só sosseguei quando passei o texto por um revisor uruguaio que se encarregou de corrigir poucos erros. Foi uma verdadeira batalha linguística”, comemora Rodrigo Hammer.
Paralelamente, a IV Semana do Filme Cult exibe um curta-metragem de animação por dia antes da atração principal. Segundo Gianfranco Marchi, essa é uma forma de se proporcionar variedade à programação, arejando-a com a presença de realizadores que atuam totalmente fora do convencional ou da produção voltada aos grandes circuitos.

P R O G R A M A Ç Ã O

Terça-Feira, 18 - "Suspiria"
(trailer)

(Suspiria - Itália, 1977)

Direção: Dario Argento

Com: Jessica Harper e Stefania Casini

Estudante de Ballet descobre que sua academia é, na verdade, um covil de bruxas ancestrais determinadas ao caos e à destruição.

Curiosidades: o filme traz como protagonista Jessica Harper, redescoberta por Steven Spielberg em Minority Report, de 2003. Durante as filmagens, Argento tocava a trilha-sonora – composta antes da produção – em alto volume, para “inspirar” os atores. A estética de Suspiria contém elementos obrigatórios na obra do realizador, como a obsessão por facas pontiagudas e misoginia em doses fartas.

Quarta-Feira, 19 - "O Monstro da Lagoa Negra"
(trailer)

O Monstro da Lagoa Negra (Creature From The Black Lagoon - EUA, 1954)

Direção: Jack Arnold

Com: Richard Carlson e Julie Adams

Sinopse: expedição científica pelo Rio Amazonas encontra criatura anfíbia que provocará terror entre os seus integrantes.

Curiosidades: a criatura do filme originalmente fora concebida para ser um alienígena telepata, como no romance original de Paul Di Filippo. Trata-se de uma das primeiras experiências em Cinema 3D, quando o formato era sensação. Gerou mais duas sequências: A Revanche do Monstro (1955) e The Creature Walks Among Us (1956).

Quinta-Feira, 20 - "O Reflexo do Mal"
(trailer)


(The Reflecting Skin - ING/CAN, 1990)

Direção: Philip Ridley

Com: Viggo Mortensen e Lindsay Duncan

Sinopse: numa remota região norte-americana, menino encara a realidade através de personagens sinistros que surgem do cotidiano.

Curiosidades: diversas referências ao Cinema compõem a paleta da cenografia, a começar por Un Chien Andalou, Psicose, entre outras. Críticos apontam o desempenho de Viggo Mortensen, como o melhor de sua carreira. Philip Ridley, que chegou a ser comparado a David Lynch pelos entusiastas da fita, jamais repetiria o resultado obtido.

Sexta-Feira, 21 - "O Ladrão Silencioso"


O Ladrão Silencioso (The Thief - EUA, 1952)

Direção: Russell Rouse

Com: Ray Milland e Martin Gabel

Sinopse: físico nuclear faz serviço de espionagem para país não determinado, tendo em seu encalço os órgãos de segurança norte-americanos.

Curiosidades: inteiramente desprovido de falas, o filme transformou-se num Cult Noir graças à presença de Ray Milland em papel extraordinário. Críticos apontam O Ladrão Silencioso como uma das obras mais injustiçadas de seu tempo, embora valorizada nas cinematecas europeias. Russel Rouse aproveita as locações do Empire State, em NY, para dar uma aula de fotografia inteligente, quando o prédio representava o máximo do glamour.

Sábado, 22 - "A Vingança do Sexo"


(La Venganza Del Sexo - ARG, 1969)

Direção: Emilio Vieyra

Com: Ricardo Bauleo e Gloria Prat

Sinopse: experimentos macabros envolvem o rapto de strippers e casais enamorados numa mansão afastada. Clássico do Trash argentino.

Curiosidades: conhecido no exterior como The Curious Dr. Humpp, sofreu diversas alterações na montagem, algumas cópias com excertos pornôs. De ambientação futurista, o filme foi rodado em preto-e-branco apesar do ano de produção (1969). No cast, rouba a cena o vilão interpretado por Aldo Barbero numa atuação impecável.

Domingo, 23 - "Canibal Holocausto"
(trailer)

(Cannibal Holocaust - ITA, 1980)

Direção: Ruggero Deodato

Com: Robert Kerman e Francesca Ciardi

Sinopse: equipe de antropólogos se embrenha pela selva sul-americana onde encontra material filmado de antiga expedição dizimada por canibais.

Curiosidades: de tão banido internacionalmente ou mutilado por cortes, Canibal Holocausto acabou gerando repercussão recorde, razão do fascínio que ainda hoje desperta. Deodato tornou-se um mito renegado do Trash em decorrência do repúdio gerado pelo filme. Ironicamente, a partitura de Riz Ortolani ganhou elogios e, por muitos, é considerada a melhor coisa em meio às nauseabundas sequências de mutilação e esfolamento.

SERVIÇO - IV Semana do Filme Cult
de terça-feira, 18 a domingo, 23 de maio
18:30 horas
TCP - Teatro de Cultura Popular 'Chico Daniel'
Rua Jundiaí, 461, Tirol, Natal/RN
Fone: (84) 3232-5307
R$ 2,00
Classificações indicativa: 16/18 anos

1 º ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE A AMÉRICA LATINA NA UFRN

"Socialismo no século XXI”, palestra do professor argentino Atílio Borón, da UBA – Universidade de Buenos Aires, é um dos destaques da programação do 1º Encontro Internacional de Estudos sobre a América Latina, iniciado segunda-feira (17/05/2010) e que prosseguirá até sexta-feira (21), no Campus da UFRN, numa promoção do CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas, do CCHLA – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, dentre outros órgãos. A palestra está programada para ter início às 19h desta terça (18) no auditório da Reitoria.
O Encontro tem a perspectiva de aproximar pesquisadores, professores e alunos que se dedicam a pesquisas e estudos acerca da formação e do desenvolvimento sócio-histórico, econômico, político e cultural da América Latina. O objetivo é organizar as produções em torno da defesa dos processos emancipatórios desencadeados no continente.
PROGRAMAÇÃO – A programação do evento inclui mesas-redondas, apresentação de trabalhos e, ainda, minicursos voltados aos pós-graduandos das áreas organizadoras das atividades. Terá também a participação de convidados como Pablo Stefanoni (Bolívia), Lúcio F. Olivier Costilla (UNAM – México), Atílio Borón (UBA), Carlos Montaño (UFRJ), Gonzalo Rojas (UFCG), Renato Kilp (UFCG), Carina Moljo (UFJF), Silvana Mara (UFRN), Gabriel Vitullo (UFRN) e Sebastião Vargas (UFRN).

Mais informações, acesse: http://encontroamericalatina.ccsa.ufrn.br.
Fontes: organização do evento e matéria da Agecom – Agência de Comunicação da UFRN: http://www.agecom.ufrn.br/conteudo/noticias/noticia.php?id=1099&place=1

segunda-feira, 17 de maio de 2010

GÊNEROS E PRÁTICAS SOCIAIS

Lançamento literário abre 1ª edição do “Café Pedagógico”
na Cooperativa Cultural da UFRN



Gênero e práticas culturais”, título do livro organizado pela professora da UFRN, Arisnete Morais, do Departamento de Educação, abrirá nesta terça-feira (18/5/10) às 18h a primeira edição do “Café Pedagógico”, na Livraria da Cooperativa Cultural, Campus da UFRN.
Um dia antes, no final da tarde desta segunda-feira (17/5/10), está programado outro lançamento, desta vez do livro “Brasília: cidade moderna/cidade eterna”, de autoria do professor Frederico Frota, da Faculdade de Arquitetura da UnB.
A idéia da nova diretoria da Cooperativa Cultural, liderada pelo professor da UFRN José Willington Germano, do Departamento de Ciências Sociais, é de dinamizar mais os eventos culturais na livraria, nessa nova fase da Cooperativa.

terça-feira, 11 de maio de 2010

POESIA/Um poema de Jóis Alberto

ELEGIA*

Jóis Alberto Revorêdo


Na Pedra do Rosário, às margens do Potengi,
A brisa solitária finda em melancólico pôr-do-sol,
Num céu marrom, azul, com tons de avermelhado arrebol.
Um jovem diante do cenário
Louva plantas malditas e vinho ordinário
Em recidivos versos de sentidos desregraddos (ele desconhece
O prazer do sommelier, que degusta o sabor do vinho raro,
Um prazer aristocrático, burguês – e se avalio bem – avaro
E caro).

Surge nova a lua amarela nas águas do negro estuário,
Onde um barco vazio segue sem rumo,
Rente ao mangue lutulento de pungente desvario.

O adolescente cambaleia
Por caminho de crepuscular poesia,
Sem perceber o inexprimível vôo do pássaro,
Presságio de sonhos ruins
Em que formigas procuram o seu coração.

Ansiedade! Pensamento golpeado, turbilhão de sentidos,
Na senda da noite, entre a vida e a morte;
O louco morreu. Outro homem nasceu.
No céu, uma nuvem de rosas,
Vermelhas
E
Amarelas,
Vaporosas,
Caem ao peso do amor.

Quando o túmulo se abre vê-se o mar
- Igual à lápide e epitáfio de poeta –
Um mar de distante planeta
Vê-se um rosto que ampara constelações,
A face do homem morto, que desejava ver
A Flor Azul,
Inacessível aos homens,
Aos poetas de todas as estirpes,
Principalmente os de mais trágicos e românticos solipsismos.

Ponteiros das horas mortas,
Mocidades mortas,
Desaguam no rio, onde o homem, ao mergulhar uma vez mais,
Será outro;
As águas seguirão seu curso normal.

Em outra dimensão, o pescador joga a rede
No mar e puxa a fria lua minguante amarela,
Que flutua sobre a cabeça da bailarina com leque,
Graciosa gravura de ex libris chique.

Um ser humano vagueia flaneur pelas ruas da cidade
A recordar prazeres e excessos de tempos e mentalidades
De farandolagens funambulescas;
De curtições rocambolescas,
De doideiras carnavalescas,
De breguices grotescas,
De artes burlescas,
De aspirações quixotescas,
De culturas bacharelescas,
De presunções livrescas,
E a suportar traumas de crueldades dantescas,
A cabeça erguida, contudo.

*Poema publicado no livro Poetas azuis paixões vermelhas amores amarelos (poesia e prosa), de Jóis Alberto Revorêdo (Natal: Sebo Vermelho, 2003).

terça-feira, 4 de maio de 2010

SÉTIMA ARTE/Lançado o Núcleo de Produção Digital de Natal

Texto: Jóis Alberto

A produção natalense de audiovisual digital entrou numa nova fase, nos dias 23, 24 e 25/04/2010 (sexta-feira, sábado e domingo), quando foi instalado o Núcleo de Produção Digital – NPD, órgão gerenciado pela Fundação José Augusto/Governo do Estado, através de parcerias com o Ministério da Cultura, entidades e instituições locais da área. A programação, sempre no Palácio da Cultura/Pinacoteca do Estado, centro da cidade, durante o final de semana, constou, na noite de sexta-feira, de solenidade de instalação do NPD, com a participação do presidente da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto; diretor adjunto Fábio Lima; coordenadora do NPD Natal Mary Land Brito; produtora Keila Sena, além do secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, cineasta Silvio Da-Rin; do cineasta Philippe Barcinski; e do coordenador executivo da unidade técnica do programa governamental “Olhar Brasil”, cineasta Hermano Figueiredo. Na manhã e tarde de sábado e domingo, foi realizado o curso de linguagem cinematográfica ministrado por Philippe Barcinski.
Integrante da nova geração de cineastas do Brasil, figurando ao lado de diretores criativos e premiados como Fernando Meirelles, Walter Moreira Salles e José Padilha, dentre outros, Barcinski dirigiu o longa-metragem Não por acaso, com Rodrigo Santoro, Leonardo Medeiros, Letícia Sabatella, Branca Messina, Cássia Kiss. O filme foi exibido na noite de sábado para uma platéia formada pelos 70 participantes do curso, selecionados por análise de currículo e questionário, por uma comissão julgadora formada por integrantes do conselho gestor do NPD.
CINEASTA - Produzido por Fernando Meirelles, Não por acaso foi visto por 120.000 pessoas no Brasil e ganhou 16 prêmios, incluindo Silver Hugo na sessão New Directors Competition do Festival de Chicago. O filme, que marca a estréia do diretor em longa-metragem, participou do Sundance Screenwriter’s lab onde recebeu o Alfred Sloan Award. Recebeu críticas elogiosas da “Variety”, da “Folha de São Paulo”, dentre outros veículos. Antes de Não Por Acaso, Philippe Barcinski dirigiu cinco filmes de curta metragem (como Palíndromo e A Janela Aberta) que receberam mais de 50 prêmios, participando dos mais importantes festivais de cinema do mundo como Cannes (seleção oficial) e Berlim.
Formado em cinema pela Universidade de São Paulo, Barcinski dirigiu ainda episódios das séries de televisão para Globo (Cidade dos Homens), ARTE (Dance, Dance, Dance), Cultura (quadro Curumins do programa Castelo Ra Tim Bum) e MTV (Futuro).
OLHAR BRASIL – O programa Olhar Brasil tem como missão apoiar a produção audiovisual independente, favorecendo a formação e o aprimoramento de técnicos e realizadores. Também objetiva formar e consolidar parcerias para o desenvolvimento da atividade audiovisual nas diversas regiões do país, através do funcionamento dos NPDs – Núcleos de produção digital. Atualmente, os NPDs estão implantados em 15 Estados brasileiros.
O Conselho Gestor do NPD Natal é formado pelas seguintes instituições que atuam na área do audiovisual potiguar: Secretaria Estadual de Educação e Cultura, FJA, Cineclube Natal, ABD-RN, TVU/UFRN, Micromundo, UNP, IFRN, UERN e Zoon.

PROGRAMA DO CURSO DE LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA

Aula 1 - A formação do cinema clássico – sábado – 9h às 13h
Aula 2 - O rompimento com o clássico – sábado – 14h às 18h
Exibição do Filme Não Por Acaso de Philippe Barcinski – sábado – 19h
Aula 3 - Aprofundamento dos recursos de estilo – domingo – 9h às 13h
Aula 4 - Testemunhal de um cineasta ao fazer um filme hoje no Brasil – domingo - – 14h às 18h