CETICISMO CONJUGAL
Jóis Alberto
Do casamento sempre fui um cético
Porém, hoje, senti contentamento
Quando desejei a mulher ideal
Numa casa com jardim, biblioteca e quintal.
Para manter a felicidade do matrimônio
Usaremos o cartão de crédito com parcimônia.
Resistiremos, estóicos, a consumistas tentações,
Não nos estressaremos com partilhas e ações.
Faremos, com preservativos, o sexo seguro.
Seremos sinceros, fiéis, sem grandes ambições.
Assim, equânimes e maduros
Veremos os netos dos nossos três filhos;
E no crepúsculo da velhice
A morte esperaremos tranqüilos.
FONTE: Soneto publicado no livro “Poetas azuis paixões vermelhas amores amarelos” (Poesia e prosa), de Jóis Alberto Revorêdo (Natal: Sebo Vermelho, 2003)
Nenhum comentário:
Postar um comentário